Investimentos: Comece pela Renda Fixa!
Atualmente diversos palestrantes da área de finanças e investimentos empolgam suas platéias afirmando que qualquer um pode ser um milionário e que para isso basta um pouco de coragem para se lançar no mercado de ações e ser feliz. Na verdade, o processo não é tão simples quanto parece, e o mercado de ações parece não ser o único veículo para chegar lá, a notícia boa é que indivíduos de renda média podem sim se tornar milionários, mas isso envolve disciplina e tempo.
Um processo muito comum que acompanho há um bom tempo com amigos e alunos é este:
1. O indivíduo descobre o mercado de ações.
2. Após alguns investimentos bem sucedidos em um prazo curto coloca todo o seu dinheiro lá.
3. Em um movimento normal, a bolsa cai drasticamente causando grandes perdas aos investidores.
4. Revoltado com as perdas, o investidor saca todos os seus investimentos no pior momento da bolsa, realizando assim suas perdas e promete nunca mais voltar lá.
Quando reencontro os antes empolgadíssimos investidores, eles não querem nem tocar no assunto. As ações estão mortas e enterradas! Na verdade como já foi dito antes, nossa natureza é de sermos avessos ao risco, os seres humanos mais medrosos foram os que conseguiram sobreviver por gerações e passar seus genes para que chegássemos aqui hoje, é muito difícil perder, por esse motivo, mesmo que historicamente os retornos dos investimentos em ações sejam maiores que os de renda fixa, a maior parte dos nossos recursos (inclusive dos grandes investidores institucionais) estão alocados em investimentos de renda fixa.
Os investimentos em ações são importantes, mas para que gerem efeitos duradouros precisam ser realizados com muito planejamento e cautela. Defendo que todo investidor sem exceção comece pela renda fixa, e que só após ter conseguido uma boa reserva nesse tipo de investimento (pelo menos três vezes sua renda mensal), migre gradualmente parte dos novos investimentos a renda variável (mercado de ações).
É necessário que o aplicador saiba que não existem atalhos no mercado financeiro, ou como os economistas costumam dizer "não existe almoço grátis", quem quiser iniciar seus investimentos na renda variável (ações) pode ganhar bastante, mas também pode "quebrar a cara" e comprometer toda uma vida de investimentos frutíferos nesse tipo de ativo. Na verdade o primeiro passo está em entender que pequenos investimentos mensais produzem grandes efeitos no longo prazo, mesmo quando efetuados em aplicações de baixa rentabilidade:
Do Infomoney:
Gastos com cigarros são maiores do que com arroz e feijão, aponta FGV 11h28
SÃO PAULO - O brasileiro gasta mais com cigarros do que com alimentos básicos. Conforme pesquisa da Fundação Getúlio Vargas divulgada nesta segunda-feira (28), dados de abril de 2007 do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) mostram que a fatia do orçamento correspondente a cigarro é de 1,25%, e a de arroz e feijão, 0,85%.
Fiz uma simulação:
Um indivíduo que fuma dois maços de cigarro por dia (R$ 3,00/cada) em média. Esse cara gasta R$ 180,00 / Mês com cigarros. Se ele fuma dos 20 aos 60 anos - 40 anos. (alguns fumam durante 60, 70 anos) Caso ele aplicasse mensalmente esses R$ 180,00, ele poderia depositar 480 prestações ao longo de sua vida de fumante.
Ganho nas Aplicações: Utilizamos um ganho de 0,5% ao mês já descontada a inflação, a mesma remuneração utilizada para cálculo pelos fundos de pensão. Resultado da Simulação: 40 anos de cigarro daria para comprar uma casa em qualquer lugar do Brasil - R$ 358.468,33!!!
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